... panela velha é que faz comida boa...
Será!? Na maioria das vezes não!!! Vejam essa reportagem publicada no Globo de ontem, super interessante pra quem está montando a lista de casamento!
As panelas que cozinham o alimento nosso de cada  dia costumam ser coadjuvantes na culinária, mas quem entende de saúde  garante que elas são protagonistas. Os pesquisadores alertam que metais  de panelas  mal usadas contaminam a comida. E levam a problemas como  intoxicação, anemia, distúrbios gástricos e, no longo prazo, com o uso  continuado, expõe usuários a substâncias cancerígeras. Até revestimentos  de níquel ou de material antiaderente têm riscos para saúde.  
Há metais com alto potencial de danos. É o caso do alumínio:  pesquisas mostram que o excesso de alumínio no corpo induz a estados de  demência. Quantidades excessivas de alumínio  também são encontradas em  exames de pessoas com Mal de Alzheimer. Os efeitos danosos ocorrem  quando o alumínio se desprende da panela: sais de alumínio são  hidrossolúveis e produzem um cloreto tóxico que afeta o estômago.   
- Os fatores que vão influenciar a transferência do alumínio para  o alimento são três. O primeiro é o teor de água do alimento. Quanto  mais líquido é o alimento, mais alumínio recebe da panela. Uma sopa, por  exemplo, recebe mais que uma farofa. O segundo fator é a acidez. Quanto  mais ácido o alimento, mais alumínio da panela recebe. Não recomendo  fazer molho de tomate nesse tipo de panela. O terceiro é o tempo de  contato. Quanto mais demorado o cozimento, mais o alimento adquire  alumínio. Para evitar o mau uso, deve-se conservar a panela e escolher  alimentos sólidos, pouco ácidos e de cozimento rápido - comenta a  nutricionista Késia Quintaes, autora do livro "Tudo sobre panelas"  (Editora Atlântica).   
No caso do cobre, o equilíbrio é fundamental. A falta de cobre no  organismo leva a doenças respiratórias, como enfisema. Mas o excesso é  muito perigoso. Pesquisas revelam que o acúmulo de cobre em quantidades  excedentes à capacidade de assimilação do organismo está na origem de  doenças graves como leucemia e câncer do intestino.  
Cada tipo de panela exige seus cuidados. A limpeza agressiva, com  esponjas de aço, vinagre ou limão, deve ser evitada. O melhor é deixar  de molho algum tempo com detergente e água morna. Deve-se ferver água na  panela várias vezes, antes de novo contato com alimentos. E nada de  usar esponjas ásperas ou detergentes abrasivos. Uma dica é variar os  materiais na cozinha. Késia Quintaes ensina a ter panelas como aliadas:  
- Para cada alimento há uma panela. De modo geral, as panelas de  ferro fundido são as melhores para a saúde: liberam o nutriente na  comida e ajudam a suprir necessidades do organismo. Mas atenção: o  problema é sempre o excesso. Panelas de ferro não são boas para quem  sofre de hipercolesterolemia (colesterol alto em excesso, de forma  crônica).  
Saiba como usar cada modelo:  
PANELA DE ALUMÍNIO: Os cientistas ainda não sabem se o acúmulo de  alumínio em regiões do cérebro é causa ou consequência no  desenvolvimento do Mal de Alzheimer, esclarece Késia Quintaes. Mas como  este acúmulo está relacionado à doença, recomenda-se que sejam usadas em  cozimentos rápidos, como frituras por imersão, e no preparo de  alimentos secos, como farofa. Uma dica importante é não remover o óxido  de alumínio - aquela camada escura que se forma no fundo após a fervura  de água. Ele reduz em até seis vezes a transferência do componente para a  comida. Evite também arear. O uso desta panela é também contraindicado  para portadores de insuficiência renal. Mesmo na geladeira, não guarde  alimentos em recipientes de alumínio.  
COBRE: No Brasil, elas só podem ser vendidas se tiverem uma  camada protetora, como o titânio. Isso porque aqui esse tipo de panela  costuma ser usado para preparar doces e alimentos com tempo grande de  cozimento, o que facilita a contaminação. Na França, por exemplo, ela é  muito usada, mesmo sem proteção, para fazer crepes, que são secos e de  preparo rápido. Os chefs gostam do cobre porque ele é bom condutor de  eletricidade e distribui o calor de forma homogênea. Mas se o organismo  acumular grandes quantidades de cobre, podem ocorrer problemas  gastrintestinais. No longo prazo, há danos cerebrais, problemas renais e  nas articulações. O excesso de cobre no organismo leva à leucemia e a  câncer intestinal.  
FERRO ESMALTADO: A camada esmaltada impede a liberação de ferro  para o alimento. Por isso, essa panela pode servir para guardar comida,  depois de pronta, sem problemas de transmissão excessiva de ferro para  quem tem colesterol alto. Se não for absorvido, ele se acumula em  artérias. Assim como a de ferro fundido, essa panela mantém o  aquecimento por mais tempo. Késia dá a dica para quem usa a de ferro  fundido e se incomoda com a coloração escura adquirida pelo alimento:  
- O ferro fundido pigmenta alimentos claros, como chuchu e  abóbora. A esmaltada pode ser uma opção, mas desde que bem conservada.  
FERRO FUNDIDO: Esta panela é feita de um metal benéfico à saúde e  até ajuda a complementação das necessidades de ferro do organismo. O  metal da panela passa para os alimentos e é absorvido junto com eles.  Ela é indicada para adolescentes, crianças, gestantes e pessoas com  anemia. Mas mesmo neste caso é preciso atenção, informa a nutricionista  Késia Quintaes: em excesso, o ferro pode causar hemocromatose - o  depósito de ferro nos tecidos de alguns órgãos que, com o tempo, perdem  as suas funções. Um modo de evitar isso é não guardar a comida na panela  e usá-la para fazer só um dos integrantes do cardápio.  
PANELA DE INOX: Para o professor José Alberto Bonapace, do  Instituto de Química da UFRJ , esta panela é bastante segura. Isso  porque, como o nome diz, o material não se oxida e não libera o metal na  comida - reação impedida pela camada de proteção de níquel que faz  parte da sua composição. Mas a nutricionista Késia Quintaes recomenda  ferver água de quatro a cinco vezes em panelas novas de inox, ou panelas  que foram muito areadas, para impedir que a camada de níquel se  desprenda. Tomado este cuidado, as panelas de aço inox são uma boa opção  para guardar a comida depois de pronta e preparar carnes e molhos, que  exigem mais tempo ao fogo.  
ANTIADERENTE: Pela praticidade, é muito utilizada nas cozinhas  brasileiras. Mas, se for ao fogo muito alto, como na fritura, a queima  do seu material pode liberar uma fumaça tóxica que, em experiências com  cobaias de laboratório, resultou em câncer. Mas este efeito não foi  comprovado em seres humanos. O professor José Alberto Bonapace, do  Instituto de Química da UFRJ,  recomenda atenção às rachaduras que se  formam no fundo e podem servir de depósito de microorganismos.   
- Busque produtos de qualidade para evitar a liberação de  material tóxico - diz Bonapace, que recomenda o uso dessas panelas em  média por cinco anos.  
PANELA DE TITÂNIO: Esses utensílios são mais recentes e modernos  e, os preços, salgados. A nutricionista Késia Quintaes diz que as  panelas de titânio não fazem mal à saúde, já que não há contaminação dos  alimentos preparados nelas. Além disso, são mais resistentes. As  panelas de titânio também podem ser usadas para guardar a comida depois  de pronta.  
- Elas não exigem a fervura que recomendamos nas panelas de aço  inox, pois não há liberação de material na comida - afirma Késia.   
O titânio é usado pela indústria, inclusive, para revestir as  panelas de cobre e evitar que esse elemento se misture à comida em seu  interior.
Fonte: O Globo  
5 comentários:
Blog também é cultura...rs
Bjo
Poxa! QUe interessante saber disso...
Já tinha visto uma reportagem falando sobre isso! muito interessante.
Bjinhus!
Ieeerrr...
Já tinha ouvido falar sobre a maioria dos "casos", mas ler tudo dá uma certa ziquizira...
Bem faz o Elmo que é cheio de frescuras pra lavar as panelas!
Agora que tô lendo alguns posts. Mega atrasada. hehehehe
Aqui em casa a gente usa inox e antiaderente. Pra cozinhar mesmo, sempre uso inox, mas não dispenso o antiaderente pra fritar um ovo, por exemplo, já que precisa de bem menos gordura (seja óleo ou manteiga) para que o ovo não grude. Faço mingau da Míriam e outras coisitas mais. Tenho frigideiras, leiteira e uma parecida com cuzcuzeira ótima pra cozinhar legumes no vapor.
O antiaderente é chato pra lavar porque não pode passar o lado áspero da esponja e precisa usar talher de plástico ou madeira pra não arranhar. A dica que eu dou pra lavar antiaderente é ferver água e jogar por cima antes. A gordura descola todinha e nem precisa esfregar. :)
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